Um mês de março sombrio e funesto para o
nosso jornalismo, pois o ciclo da vida nos levou Millôr Fernandes.
Ricardo Moraes/Folhapress
Aos 14 anos entrou no Lyceu das Artes e
Ofícios e começou a trabalhar profissionalmente na famosa revista “O Cruzeiro”.
A partir daí se tornou um dos maiores jornalistas do Brasil. No mundo das artes
as múltiplas aptidões para o desenho, poesia, teatro e literatura.
Foi premiado como desenhista, tradutor,
escritor e autor de peças teatrais. Uma das mais importantes peça teatral é “Liberdade, Liberdade”, em parceira com Flavio
Rangel, uma das obras pioneiras do teatro da resistência ao regime militar de
1964.
Seu humor crítico lhe traria problemas com os
católicos, com os governantes, especialmente com o presidente Juscelino
Kubitschek, regime militar – durante a ditadura, pois atacaram o jornal Pasquim
que ajudou a fundar. A politica lhe
prega mais uma - a revista “Veja” o demitiu (1º período – 1968-1982), porque se
negou a cessar o seu apoio público ao candidato a governador do estado do Rio
de Janeiro Leonel Brizola.
Sempre gostou dos avanços tecnológicos e no
momento dizia viver na melhor época, tanto quer criou um saite em 2000 - www.millor.com.br
.
Millôr, você nos deixou órfão.
Lourenço Adolfo Ferreira Soares
Consultor de empresas
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