Na historiografia urbana da capital paraibana, a rua Irineu Joffily se faz presente nos seus quase 200 metros de extensão. Pequenina como um grão de mostarda, grande no seu batismo que leva o nome de um historiador que a cavalo percorreu todos os marcos do estado da Paraíba para nos presentear o atual contorno geográfico.
A Irineu do passado, com piso de saibro para que os raios do sol pudessem dar efeitos aveludados na tonalidade amarelada, cintilante como o ouro , era contornada com uma arborização que pintava de verde o casario em toda sua extensão , com o passar dos anos recebeu o progresso e a urbanização.
Saneada, o saibro encobriu-se com pedras toscas que lhe deram forma e cor diferente, verdadeiros “ladrilhos de brilhante”. Final da década de 70, o tempo aportou novamente na “minha rua”, presenteando-a com uma camada asfáltica, e ela , com toda pompa teve direito a fita de inauguração, banda 5 de agosto, presença de políticos influentes e a participação efetiva dos moradores e admiradores da pequena grande rua causando inveja às grandes avenidas da capital das acácias. Agora, sim, definitivamente, estava, vestida de gala para os bailes vistosos e exitosos da vida, de pura alegria e felicidade.
E esta pequena grande rua, celeiro da educação, da cultura, da culinária e do esporte. Palco do Grêmio Cultural Augusto dos Anjos, Instituto de Educação de Dona Tércia; os doces e quindins de Dona Carmélia, os quitutes e a boa marmita do casal Rui/Clarisse e, por último a agremiação esportiva Irineu Joffily Futebol Clube tornou-se um logradouro cheio de histórias fascinantes que orgulham o marco geográfico da nossa capital.
Moradores de ontem e de hoje se reencontram alimentando a “bela janela da organização familiar” pautada em valores da concórdia e de ações heróicas de alguns que já se foram como Raiff, Marieta, Fernando Rocha, Carlos Fernandes, Ruy Mendonça, Diogenes, Adenilson, Ernane, Carmélia, Nunes, Benevides e muitos outros.
Embriagada de beleza, de histórias dos sentimentos tristes e alegres, de rebeldes reivindicações, a rua Irineu Joffily permanece ordeira no seu pensar , ágil no seu desenvolvimento, mas saudosa do embalar da amarelinha (academia) da concorrida criançada, da juventude com traços dos deuses gregos, e dos mais experientes com olhar e conselhos dos monges, do traço do dever de viver a rua.
A rua Irineu Joffily tendo o rigor do pai, o abraço de mãe, é rua em que reside o ‘AMOR’.
Soares, Lourenço Adolfo Ferreira – J.Pessoa, 04/12/10 (Morador da Rua Irineu Joffily no período de 1980/1990) .
Abraço bem apertado... vindo lá da tribo!
ResponderExcluirComo sempre MEU PAI, com as mais singelas palavras de um poeta, amante a moda antiga, suas palavras servem de exemplos para muitos. Sinto um orgulho imenso de ter-te como UM VERDADEIRO PAI, UM EXEMPLO DE PAI. Sempalavras ( emocionanda ) Nesta pequena RUA SAUDADES DE MELHORES MOMENTOS VIVIDOS, ONDE JAMAIS DEVERIAMOS TER SAIDO. SAUDADES, ERAMOS FELIZES E NÃO SABIAMOS.
ResponderExcluirIRINEU JOFFILY BERÇO DE MINHA INFÂNCIA, CAMA DA MINHA ADOLESCÊNCIA. ETERNAS SAUDADES.
Olá, sou estudante de Arquitetura e Urbanismo e estou participando de um projeto que resultará num livro sobre as antigas arquiteturas de João Pessoa e tive algumas informações que na Rua Irineu Joffily existiram casas operárias. Como posso ter maiores informações sobre essa rua linda e esquecida pela história? Meu e-mail: aleiaaraujo@yahoo.com.br
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